Difusão do sensoriamento remoto em município interiorano: experiência em escola de Pé de Serra – Ba-Brasil

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Abstract

O sensoriamento remoto se destaca por ser uma geotecnologia que permite interpretar dados da superfície terrestre tornando-se um recurso didático muito útil para o ensino. A maioria das pesquisas realizadas com o sensoriamento remoto enquanto ferramenta didática é feita em grandes centros urbanos, havendo necessidade de se fazer difusão dessa geotecnologia em municípios pequenos. O objetivo desse trabalho foi mostrar como o sensoriamento remoto pode ser utilizado em escolas de município interiorano para trabalhar conteúdos de geografia contextualizados com a realidade local. A pesquisa realizou-se na Escola Municipal Luís Eduardo Magalhães, situada no Município de Pé de Serra – BA, com quatro turmas de 9° ano (78 alunos) da Educação Básica, nos turnos matutino e vespertino. Para aplicação do estudo seguiram-se três etapas. Na primeira foi feito diagnostico sobre os conhecimentos prévios dos estudantes em relação ao sensoriamento remoto e às aulas de geografia. Na segunda, realizou-se oficina com uma parte teórica e outra prática. Na parte teórica foi apresentado, através de slides, o conceito de sensoriamento remoto, as principais características dessa tecnologia, além do uso e aplicação das imagens de satélites. Na parte prática foi proporcionado ao estudante contato com imagens de satélite, do Google Earth do seu município. Foram construídos, a partir das imagens de satélite, croquis do espaço vivido pelos estudantes. Na terceira etapa foi aplicado um questionário para identificar a aprendizagem adquirida durante a oficina. Na primeira etapa do estudo 59% dos alunos declararam não conhecer imagens de satélites do seu município, 100% não souberam responder o que é sensoriamento remoto, 77% afirmaram que as aulas de geografia e o livro didático não são contextualizados com a realidade local. Na segunda etapa houve bom aproveitamento do público alvo ao conhecer conceitos e características relacionados à tecnologia de sensoriamento remoto, sua utilidade nos estudos da paisagem local e estudos ambientais, além da produção de croquis para representar elementos do espaço vivido. Ao manusear as imagens de satélites e construir o croqui, os estudantes demostraram curiosidade e interesse em identificar elementos constituintes da paisagem. A terceira etapa desse estudo foi importante para perceber o quanto os estudantes avançaram em relação ao conhecimento sobre o sensoriamento remoto, bem como a importância dessa tecnologia para estudar a sua localidade. Quando perguntado sobre o que mais lhe chamou atenção nas imagens de satélites de seu município 37% destacaram a diminuição da vegetação do município, 32% destacaram a qualidade das imagens para estudar o município. Dessa forma, conclui-se que o ensino de Geografia deve permitir ao aluno compreender o seu espaço e para isso existem recursos tecnológicos como o sensoriamento remoto que exerce grande importância na educação. Percebe-se com esse trabalho a necessidade de divulgar o sensoriamento remoto em escolas de municípios interioranos porque o professor não tem utilizado em sala de aula e muitos alunos ainda não conhecem essa tecnologia a qual se constitui numa forma dinâmica e atrativa no processo ensino-aprendizagem.

Palavras-chave: Sensoriamento Remoto, Recurso didático, Ensino de Geografia, Realidade Local.

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Ana Paula Rios de Carvalho
Joselisa Maria Chaves

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